sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Natal?

Natal?
Não me faças rir...
Natal
Não é sinónimo de festa,
Mas não é antónimo de desgraça.
Não é um pretexto para receber,
Nem enviar a carta ao Pai-Natal.
Envia um ultimato a Deus.
Talvez Ele o leia,
E nos tire os pés do chão.
Natal?
Sim, é quando um Homem quer.
Mas porque não
Olhar por aquele que sofre?
Por que não acolher
O que está ao relento?
Natal?
Aí sim,
Poderias pedir a um vagabundo
Para se sentar à mesa, contigo.
Comia e bebia do teu,
Ria-se dos teus...
E poderias dizer
Que vives o Natal.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Poeta clandestino

Escondido entre papéis,
Oculto sob a sombra das palavras...
Sinto que não é esse o meu lar
Enquanto vou redigindo.
Retiro do meu caderno
Este talento clandestino.
Giram as linhas no sentido vertical
E, escrevendo num pensamento profundo
Aprofundo até bem fundo
A sensibilidade de escrever na perfeição.
Sou sonhador e idealista...
Sou poeta.
Um poeta clandestino.
Estou refugiado num talento sombrio,
Enquanto consumido por letras insignificantes.
E choro lágrimas de seda...
Não encontro justificação para cada resposta.
E se há pergunta feita,
Toda ela,
É clandestina.
E choro lágrimas de seda
Que se envolvem em mim
Querendo matar este meu talento.
E eu vou sonhando...
Até adormecer.

Anseio focar-me em ti

É suposto dizer o que sinto?
Se é, será dito,
Pois por mais que custe, eu não minto.
Envolvi-me demasiado...
Estou preso e ausente da liberdade.
Queria-te aqui,
Mas não é possível.
E, preciso parar de pensar em ti,
Mas és irresistível.
A perfeição de cada traço teu...
É mais que um simples toque
Dado pelas mãos de Deus.
Não me censures apenas por gostar de ti.
Não me desprezes,
Pois não fui eu que decidi.
Hoje,
Sou poeta por ti.
Amanhã,
Desejarei sê-lo para ti.
Temo tudo o que em ti se baseia,
E pergunto-me sempre...
Será fobia focar-me na perfeição?
Anseio focar-me em ti.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Tempo

Leva-me tempo,
Porque tempo,
Eu não te esqueci.
Leva-me tempo,
Porque tempo,
Eu anseio sair daqui.
Leva-me tempo,
Porque tempo,
No Mundo já não há festa.
Leva-me tempo,
Porque tempo,
Quero poder fazer uma pequena sesta.
Leva-me tempo,
Daqui para fora.
Leva-me tempo,
Porque tempo,
São horas de me ir embora.
Leva-me tempo,
Porque tempo,
Ando farto de padecer.
Leva-me tempo,
Porque tempo,
Estou prestes a apodrecer.
Leva-me tempo,
Porque tempo,
É tempo de respirar outros ares.
Leva-me tempo,
Porque só é tempo assim que mandares.

Sim Tu, Futuro...

O que gostaria de saber,
Sei hoje, porque ontem sabia.
Sabia ontem que se hoje o soubesse
Nada de nada saberia.
É a vida...
Seria ontem algo pior.
Fraco, desistira de tudo.
Sujo.
Invejoso para comigo, para contigo.
Para ser hoje algo melhor
Forte, combatente da vida.
Limpo.
Humilde, sempre sem te pedir nada em troca.
O que serei amanhã?
O tempo o dirá.
Mas quem melhor que tu?
Sim, Tu...
Futuro longínquo e curioso.
Tardas em chegar.
Chega e leva-me contigo!
Faz-me pisar a hipocrisia.
Faz-me alguém tão misterioso quanto tu.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Perdido

Nesta noite em que me sinto um traste,
Choro tristemente por dentro,
Ocultando a tristeza facial
Com gestos hipócritas
E perdidos.
Não existem palavras,
Para as palavras imundas
Que soltei!
Perdido...
Sinto-me perdido...
Talvez perdido esteja
Ou perdido me encontre!
A luta é tanta que me cansei!
Sinto não ter forças
E perco todo o carisma,
Perco a humildade...
Fica tudo tão negro,
Tudo tão opaco...
Simplesmente,
Quero alcançar a claridade
E perceber
Se ainda há algum espaço limpo em mim.
Será que consigo?
Talvez a minha sina seja esta!
Quem sabe?

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Na ânsia de te ter

Na ânsia de te ter,
Cometi as maiores loucuras...
Perdi a timidez que habitava em mim.
Estava confuso...
Perguntava a mim mesmo
Se a figura que representara,
Era a mesma de sempre,
Aquela figura tímida e afastada...
Ou estava presente uma nova figura?
Uma figura atrevida e sem quaisquer complexos...
Acabei por entender
Que não era nem uma, nem outra,
Mas sim, eram as duas em revelação.
Ensinaste-me e deste-me as respostas
Sobre quem sou.
Ensinaste-me a encontrar a coragem,
Ensinaste-me a ser tudo o que hoje sou...
Se tenho dívidas, é para com as tuas dádivas!
Por agora, estou-te agradecido por tudo,
Pois mais tarde as pagarei em vida.

Subi ao Paraíso

Farto de tudo...
Cansado de viver afastado de ti...
Agarrei a oportunidade
E subi ao Paraíso.
Tudo ficou tão transparente.
A sensação magnífica do teu toque,
A tua respiração,
O batimento do coração à chegada do momento...
Foi tudo tão simples e complicado.
As tuas expressões,
O cansaço visível no teu lindo rosto...
As palavras trocadas após...
Ajudaste-me a vencer o medo que me atormentava,
E os pensamentos demoníacos presentes em mim.
Duas divisórias e prazer mútuo,
Uniram-nos para sempre.
Foi tão longo o tempo em que
Vi, toquei,
Senti, entrei...
E quando o momento chegou...
O paraíso entrou e fez-nos sentir amados!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Longe e Presente, Perto e Ausente

Sinto-me longe, vejo-te distante
Devolve-me os lábios, esse olhar deslumbrante,
A tua presença sufocante...
A tua beleza extrema e alucinante...
Devolve-me tudo o que és!
Quero ajudar-te a construir o que serás,
Moldado à figura daquele que para sempre amarás.
Dar-te-ei liberdade para que me possas moldar...
Molda-me de forma semelhante,
Molda-me afim de te continuar a amar.
És a minha vida...
Parte de mim, és tu!
Não me abandones...
Pelo menos, até que a morte nos separe!
Por que dizes que estamos tão longe,
E que tens medo que a distância nos afecte?
Meu amor...
Eu prefiro sentir-te longe e presente
do que, perto e ausente.

Tristeza enorme

É triste...
É mesmo uma tristeza enorme!
Uma tristeza que nos afecta...
Baila da cabeça aos pés sorrindo,
Pois faz-nos esquecer o dom que temos
E omitir todas as nossas maiores capacidades.
Hoje, acordei e alguém me fez lembrar
De tudo aquilo que sou!
Alguém me disse que adorava a minha poesia!!
Hoje...
Cresci por tua culpa!
Voltei a criar, porque tu me pediste!
É por esse tipo de razões que tens de estar ao meu lado.
Para me lembrares que ainda há partes lindas em mim...
Para me fazeres crescer todos os dias...
És a razão de todo o meu progresso,
Como um exemplo,
Como ser-humano...
Estou-te agradecido por tudo, amor.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Conduzido ao pecado

Sinto-me mal, sinto-me nojento.
Ninguém faz ideia de como estou por dentro!
Esta é uma óptima altura para morrer,
Pois por nada, iria deitar tudo aquilo que tenho a perder.
Aos poucos sou consumido pela amargura
Fazendo com que o meu coração desfaleça e parta a armadura.
Nada é mais forte que o sentimento que por ela transpareço,
Embora saiba que no fundo é a única pessoa que eu não mereço!
Preciso de um amigo cá em baixo para desabafar,
Necessito de Deus lá em cima para que me possa confessar.
Agarrar na mão dela e subir ao nosso Paraíso
É tudo o que mais desejo, o que mais preciso.
Caminhar sobre o nosso lugar de mãos dadas
Ouvir dizer a palavra "Amo-te" em frases envergonhadas.
Ficaram por um fio os nossos quatro anos,
Mas restou a certeza de que nos amamos!
Todo o meu nervosismo e receio,
Muitas vezes fazem-me pensar
Que numa relação é necessário acreditar,
Amar, honrar e respeitar.
Mas neste momento estou a sofrer
E por cada acto em que a fiz chorar,
Sei que tão cedo não se conseguirá esquecer
Muito menos perdoar.
E a única certeza que eu lhe posso dar
É a de que eu, a Amo Amar!

domingo, 30 de março de 2008

Uma brincadeira de mau gosto provocada pelo meu cérebro

Não sei onde encontrar o meu talento.
Já o procurei por todo o meu vazio...
Talvez se tenha refugiado na pouca inspiração que tenho,
Mas por quê?
Será que estar apaixonado não basta para o reaver?
O que estou a sentir...
As sensações que vêm de dentro de mim...
Sinto-me uma linha minúscula em relação a este imenso papel.
Um homem fraco, perante um forte apelo às minhas capacidades!
Quero poder escrever sem restrições,
Quero poder fazer o que mais gosto fluentemente...
Ao lembrar-me do Passado pouco vivido,
Do Presente que ando a construir
E do Futuro que mais tarde irá ser recordado,
Analiso todos os passos que dei
E os desgostos por que passei.
Mas nada me faz perceber o que vai no meu interior,
Até que chego à conclusão
Que esta escassa inspiração,
Não passa de uma brincadeira de mau gosto provocada pelo meu cérebro.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Os meus desabafos

O que se estará a passar de errado?
Estou a caminhar sobre a linha do desespero!
Uma simples e única curva...
Somente bastava para me ligar à harmonia,
E fazer-me colidir com a vida
Na esperança de a enfrentar e perceber o valor que esta tem.
Apertado sobre um espaço enorme,
Vazio em locais repletos de valor...
Saem-me palavras envolvidas em pensamentos.
Pensamentos abafados no meu choro,
Que soltam os meus desabafos.
Desabafos sem sentido ou angustiados
Que ao escaparem do meu interior sujo e escuro,
Vagueiam nas partículas de ar
E tentam encontrar um lugar límpido onde se possam abrigar
E nunca mais...
Nunca mais se consigam libertar.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Simplificas a minha existência

Irei tropeçar na vida
Levantando-me depois
Para tropeçar em teus pés.
Sob teus pés levantar-me-ei
E com os olhos seguirei as curvas de cada traço do teu corpo.
Beijarei o teu rosto,
Acariciarei cada cabelo teu,
E seguindo o charme libertado por ti,
Alcanço a harmonia
Deixando que o nosso amor voe sem limite imposto!
Deixando que cada gesto por nós feito
Ilumine o horizonte da nossa paixão.
Simplificas a minha existência,
Pois eu sei que amas a minha simplicidade.
Então toca-me,
Beija-me, abraça-me...
Dar-te-ei o que puder!
Tudo o que mais desejares ser-te-à dado por meu sacrifício.
Quero que te sintas minha,
Deixando-me incapaz de dizer que tudo terminou.

sexta-feira, 14 de março de 2008

A distância consome-me aos poucos

Quero encontrar a minha essência no teu corpo,
O meu calor no teu abraço...
Sinto-me infeliz por ter de pagar este tão alto preço!
A distância consome-me aos poucos
Deixando o meu orgulho propagar-se por todos os meus sentidos.
Este sentimento corrói todas as minhas qualidades
Fazendo de mim um miserável.
Por cada frase que escrevo, um bocado bom de mim trespassa para fora
Deixando tudo à minha volta mais tranquilo,
Mais limpo...
Por vezes, estando vazio interrogo-me:
Será que consigo fazer-te tão feliz como mereces?
Já estamos afastados de mais...
Neste momento não consigo parar de te amar.
És a única pessoa por quem meus olhos se fecham,
Por quem meu coração chora de tanta dor,
Por quem meus pulmões perdem o ar...
Cheguei a um ponto crucial da minha vida
Em que descobri que nada faz sentido sem o teu amor.
É por ti que me mantenho de pé sem fraquejar,
É por ti que sobrevivo a cada dia que por mim passa.
A realidade que hoje está presente em mim
Faz-me acreditar que um dia tudo será possível,
Que um dia tocarei nos teus lábios
E dizer-te tudo o que sempre quis.

sábado, 8 de março de 2008

Dias carentes surgem em mim

Sinto-me antónimo de tudo aquilo que me rodeia,
Sendo que às vezes sei que sou sinónimo de palavras requintadas.
Palavras que me saem deixando-me estupefacto.
Sinto-me invejado
Por não invejar o que outros possuem!
Torno-me versos em esquema cruzado
Escutando o bom som que as palavras têm para me oferecer.
Sinto que sou prosa triste e pálida,
Pois minha poesia não venera estrofes.
Dias carentes surgem em mim
Quando há frases mal compostas e versos mal estruturados.
Vou procurando a inspiração
E abandonando a falta que dela tenho.
Sinto-me homem ao dobrar-me sobre os meus joelhos chorando,
Pois tenho uma vaga ideia
De que jamais algum homem por nada chorou.
Atiro-me de cabeça mergulhando em palavras,
Nadando entre frases
E sustendo a imaginação ao tocar em letras,
Na tentativa de expandir o meu vocabulário.
Este está fraco
E eu sinto-me vulnerável a tudo o que se propõe enfrentar-me.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Um ruído ensurdecedor

Prisioneiro de mim mesmo,
Abandonado mendigo...
Assim me sinto em frente desta imensa escuridão.
Exausto e descontrolado
Perante esta imensa situação de solidão
Vou pensando
Em todas as nossas brigas,
Em todos os momentos de carinho e de ternura...
Afastando todos os outros pensamentos!
Só te quero a ti como tutora do meu interior.
Enquanto penso,
Meus pensamentos são despertos por um ruído ensurdecedor.
Tudo se torna banal...
Já não existe aquela ternura,
Aquele bem-estar...
Tudo, porque te foste embora do meu interior!
Abandonaste os meus pensamentos
Devido a um barulho ensurdecedor.
Aí, senti-me mesmo muito vazio e escuro
Pois sabia que sem a minha outra parte eu não reagiria.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Até que a morte nos separe!

Aceitas casar comigo?
Irei fazer de ti a mulher mais feliz do mundo...
Irei ser o homem mais carinhoso à face da Terra...
Juntos iremos caminhar sobre o auge da felicidade!
Quero apenas, no altar, colocar-te a aliança
E dizer as palavras por que tanto esperavas.
A frase mais doce...
Ana,
Aceita esta aliança como prova do meu amor e da minha fidelidade!
As promessas que desejo cumprir...
E prometo amar-te, honrar-te e respeitar-te
Na saúde e na doença,
Na alegria e na tristeza,
Na riqueza e na pobreza
A citação que nos irá unir para sempre...
Todos os dias da nossa vida, até que a morte nos separe!
O meu maior desejo...
Amar-te e por ti ser amado para todo o sempre.

Amor...

Amor...
É a constituição do nosso afecto!
Os nossos planos para o futuro,
O nosso importante projecto.
É o meu bem-estar provocado por este sentimento,
Pois só tu me roubas um sorriso
Ao me proporcionares esse momento.
É a simples falta de coragem para te mentir,
E de todas as vezes que digo que és única...
É a mais pura das verdades, é o que estou a sentir!
É querer estar contigo a todo o tempo.
Quero completar-te, amor
Quero acabar com todo este sofrimento.
É lutar todos estes anos para um dia te poder tocar
E, apesar de todas as nossas divergências
És a única pessoa que eu amo amar!
Relembra todas as vezes que te pedi...
Que não amasses mais ninguém,
Não deites fora o amor que tenho por ti.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O lugar a que nós chamamos de Paraíso

Escolhe uma estrela e pede um desejo.
Eu desejo concretizá-lo,
Porque tu concretizas todos os meus.
Fico feliz por saber que me desejas...
E, se é esse o teu sonho
Então vou concretizá-lo porque também é esse o meu!
Hei-de dar o teu nome à estrela mais bonita e brilhante
Embora o seu brilho não seja tão reluzente quanto o teu nome,
Pois esse, brilha tanto como uma constelação.
Vou gritar pelo teu nome aos céus
E esperar que Deus me ouça...
Apenas quero que Ele escute as minhas preces
E me coloque junto de ti no nosso lugar,
O lugar a que nós chamamos de Paraíso!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Porque é que eu existo?

Porque é que eu existo?
Se faço com que tudo tente correr bem,
Mas não consigo e faço mal
E, se é verdade que a felicidade do amor provém,
Porque é que nada surge banal?
A revolta envolve o meu choro na minha vontade de morrer
E se nada faço aqui
Não tenho razões para querer continuar a viver!
Tudo o que queria ver, já vi.
Tudo o que tinha de viver, certamente já vivi
E, provavelmente o que tive de perder, já perdi.
Estou dentro de uma civilização
Em que mulheres se auto-mutilam por causa de uma discussão...
Muitas das vezes para fazerem chantagem emocional,
Pois se não a conseguirem, algo deverá estar a correr mal.
Ao pensar nisso, continuo a sofrer
Porque quanto mais nisso penso, mais penso em desaparecer!

Será pecado querer fazer-te chorar?

Quero beijar as tuas lágrimas
E devolver-tas da minha boca para a tua.
Desejo que continues a chorar
Para sentir as tuas lágrimas a rolarem pelo canto dos meus lábios.
Será pecado querer fazer-te chorar?
Simplesmente,
Amo ficar ofuscado com o brilho das tuas lágrimas
E fico maravilhado só de as ver percorrerem os teus traços.
Diz que me amas...
Procura o meu interior e faz-me chorar!
Espero que sintas o quão bom é o sabor da água que nos escorre dos olhos,
Pois quero desfrutar desse momento contigo
Para não te deixar fazê-lo sozinha,
Porque se choras,
Sei que é por mim, é por nós!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Uma aliança colocada no dedo

Visto que, todos os segundos contam
Não há um minuto a perder,
Uma hora a desperdiçar...
Um dia para morrer
Ou semanas para deixar passar.
Todos os segundos são passados a pensar em ti
Ou passados a passar a minha angústia por baixo...
Só quero estar contigo...
Um minuto,
Uma hora...
Somente para dizer na tua cara que gosto de ti!
Um ano,
Uma vida...
Para leres tudo o que tenho escrito sobre ti!
Uma aliança colocada no dedo,
Tentativa de perder o medo...
Uma pulseira no pulso direito,
Para saberes que te respeito...
Uma carta lida e guardada,
A tua letra por mim amada...
A nossa parva paixão,
Sentimentos despertos por meu coração.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O coração não te quer perto

O teu jeito de ser
Deixa o meu ser sem jeito.
Teu frio feitio e duro de roer
Deixa meus actos sem respeito.
Sem ti senti vazio
Pois ao meu lado não te encontravas.
Nada passou de um mero arrepio
Causado por pesadas espadas.
Tenho de ir ao teu encontro quando não te sinto perto,
Porque não aguento estar longe de ti.
Embora não saiba o que procuro ao certo,
Pois meu coração só te quer afastada de mim.

Mas quando é que surge tal sensação?

Não faz sentido ser amigo da crueldade
Quando esta quer ser minha amiga,
Pois o meu maior inimigo sou eu próprio.
Então, ergo a cabeça
E passo eu, a ser o meu melhor amigo,
Porque já ninguém me rodeia,
Porque alguém não quer o meu bem-estar.
Por vezes até sinto a ponta de uma amizade que me toca,
Mas quando é que surge tal sensação?
Quando eu estou triste ou feliz?
Quando eu me sinto bem ou revoltado?
Quando eu sei que sou capaz ou estou desesperado?
Enfim...
As respostas encontram-se no meu "Eu" interior!

Só tu me deixas sem jeito

Sinto que não irá passar de uma amizade,
Mas a verdade é que me começo a apaixonar.
Não me sinto culpado,
Pois não sou eu a escolher a pessoa que estou a amar.
O teu cheiro natural sensibiliza-me
E a tua maneira de me olhar provoca-me.
A ansiedade em que estou para receber um beijo teu
Quase que me leva à loucura,
Porque só tu sabes como me beijar,
Como me tocar...
Só tu me deixas sem jeito para reagir
Quando fechas os olhos e descontrais os lábios,
Para que os coles nos meus,
Para que tudo o que desde cedo quis,
Se torne numa realidade emocional.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Folhas, folhas e mais folhas!!

Folhas de papel...
Folhas, folhas
E mais folhas!!
São nelas que eu deposito os meus pensamentos,
Os meus momentos,
Todos aqueles tormentos...
A tristeza por que passo
E as asneiras que faço...
Todo o pouco que vivi
Trocado por horas em que sobrevivi,
Está exposto nas folhas que guardo com tanto orgulho,
Com tanta confiança de mim próprio...
Cada vez que as olho fico aliviado,
Pois sei que sou útil em alguma coisa!
Aqueles pequenos pedaços de papel que me inspiram,
Tantas as vezes que neles toquei,
Tantas as vezes que me corrigiram...
Hoje, sei que evolui por culpa deles,
Por minha culpa!

Nada mais importa, nada mais faz sentido

Tu és a inspiração
Que me absorve de dia para dia...
Quando te sinto perto,
Nada mais importa,
Nada mais faz sentido.
Apenas nós, como sempre desejámos!
E quando beijo o teu nariz,
A felicidade solta-se no céu
E as nuvens ganham formas...
A tranquilidade aproxima-se
Fazendo com que eu sangre amor,
Pois desejo curar todo o ódio que já senti por ti.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Quero que...

Quero que a Lua seja nossa testemunha!
Beija-me, toca-me,
Diz-me palavras lindas e frases verdadeiras à sua frente.
Quero que o Sol também seja nossa testemunha!
Ficaremos aqui a noite inteira esperando que amanheça!
Quero que todas as flores em torno de nós
E a relva que estamos a pisar,
Acordem com a nossa presença,
Testemunhando o odor dos nossos corpos
Quando estão envolvidos!
Mas quero que sejas Tu a amar-me,
Pois quero ser Eu a retribuir-te com todo o meu amor.

Sentimentos tão puros

Sentimentos tão puros,
Quando surge a tua presença.
Sentimentos tão puros,
No momento em que nos encontramos sós.
Sentimentos tão puros,
Despertados pelo calor dos nossos corpos.
Sentimentos tão puros,
Não deixados de parte pelo coração.
Sentimentos tão puros,
Mas não mais importantes que os negativos,
Pois em todos os nossos encontros
Surgem as suas sensações,
Provocando o Ódio ou o Amor.
Facilitando, assim, as nossas expressões
Exteriores e interiores,
Tornando-nos pessoas Odiadas pelo destino...
Tornando-nos pessoas Amadas pelo próximo.

E a simplicidade prolongou-se

Naquela noite tudo mudou!
Já não existiam meras palavras,
Pequenas reacções...
Pegaste na minha mão e beijaste-a,
Disseste a palavra mais sentimental que alguém pode escutar.
Foi a noite mais feliz de todas as que já vivi,
Porque foste tu...
Que disseste que me amavas, que eu era-te tudo...
Aí, finalmente, percebi que não te sou indiferente!
O Mundo sorriu para mim,
Eu sorri para ti
E a simplicidade prolongou-se,
Noite dentro.

Lembraste do que comigo desabafaste?

Lembraste do que comigo desabafaste?
Eu fui um poço bem fundo.
Naquele curto espaço de tempo,
Consegui ser o teu melhor amigo.
Aproximaste-te de mim e encostaste a cabeça.
Choraste, pediste a minha atenção...
Ainda sinto o peso das tuas lágrimas a escorrerem-me pelo ombro!
Ainda sinto a tua angústia.
As palavras curtas e desesperadas...
Magoadas e reservadas,
Fizeram-me olhar para o teu interior
E pensar que não tinhas uma pedra no lugar do coração.
Eras sim,
Uma pessoa frágil e carente
Que precisava de um ombro amigo!
Eu dei-to
E fiquei a saber que tudo o que pensava sobre ti,
Não passavam de pensamentos sem princípio, meio e fim.

E quando nossos lábios se tocam...

Corro para além do infinito,
Dou a volta ao Mundo em busca do teu sorriso.
Corro por gosto, sem me cansar.
Atingido os limites para que te possa beijar.
Teus lábios carnudos e brilhantes
Em direcção dos meus,
Fazem despertar os mais puros sentimentos existentes em mim.
E quando nossos lábios se tocam...
A pureza da nossa paixão solta-se,
Pairando no ar
Fazendo-nos explodir de alegria,
Aproveitando todo o tempo
Como se não existisse um Amanhã.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A partida

Foste embora sem me avisar,
O meu coração ficou completamente vazio.
Não há forma desta ferida sarar,
Pois fiquei desesperado assim que a tua presença partiu.
Passei anos à tua procura,
Não queria acreditar que te tinha perdido.
Fui quase morto pela censura,
Pelo tempo não vivido.
Quebraste o meu coração em bocados,
Nem sabia o que pensar.
E pelos nossos bocados mal amados,
Hoje, sou eu quem te quer censurar.
Sei que para ti já não significo nada,
Porque estás envolvida em felicidade.
Mas aquele homem que te faz sentir amada,
Desconhece a tua fraca realidade.
Peço-te para o meu nome não usares
Como refúgio, como abrigo,
Porque não estarei cá para quando precisares,
Pois já nem quero ser teu amigo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Nem mesmo a distância nos pode separar

Quero escrever faltando-me inspiração.
Necessito do teu conforto,
Necessito do calor da tua mão.
Não desejo a ninguém o que estou a passar.
Os teus gestos...
O teu jeito que amo amar!
Nem mesmo a distância nos pode separar.
Aconteça o que acontecer,
Estarei sempre livre para te amar.
Seria incapaz de seguir sem ti...
Quero reviver os momentos
Que na outra vida não vivi.
Os pecados que não cometi,
O teu Amor que não conheci...
Mas será que te cheguei a conhecer?
Por isso é que os quero de novo reviver.
Hei-de sempre amar-te,
Suceda o que suceder!

Desenho um coração

Num passeio inocente à beira mar,
Pego num pau e desenho um coração,
Símbolo da vida e do Amor.
Meu corpo perde a força
Enquanto as ondas se enrolam,
Meus olhos tristes e flácidos,
Olham-nas rebentando
E as leves brisas de ar,
Fazem-me pensar
Que nesta altura lhe pegava na mão
E escutávamos a nossa canção.
Sairia feliz...
Não triste!

Amor verdadeiro

O Amor verdadeiro
É aquele que dá arrepios na espinha.
Uma sensação de bem estar
Para connosco e para com o Mundo,
Mas por vezes...
Evitamos tirá-lo do coração,
Com medo que alguém o roube
E nunca mais possamos amar,
Nunca mais possamos ser amados.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Uma brisa...

Uma brisa...
É quanto basta para nos trazer o Amor.
Por sua vez leva-o
E nunca mais o encontra,
Por mais forte e visível que este seja.

Não me chamem Poeta...

Não me chamem Poeta...
Eu estou perdido e não sei como vim aqui parar.
Não conheço o Mundo,
Nem a outra metade de mim, eu sei se existe!
Mas se estou cá,
Foi porque tu assim o pediste.
Tu,
Minha doce mulher a quem eu chamo Mãe,
Desde sempre me ensinaste a colher o Bem
E tudo evitaste para que eu não me pudesse perder.
Mas eu pouco disso aprendi,
Ou não quis realmente aprender!
Porque tu...
Sempre te esforçaste para me dar o melhor
E eu nunca te quis obedecer,
Eu nunca quis saber que estavas lá para me dar o teu Amor!
Agora que me dá prazer aprender,
Guardo tudo isso com rancor.
Perdoa-me...
Por todas as vezes que te ofendi,
Por todas as vezes que não quis, mas aprendi
Que foi à custa do teu suor que sobrevivi.
E se é por ti que eu estou aqui...
Ainda bem!
Não me chamem Poeta...
Eu fiz este poema por Amor à minha Mãe!

Será que a nossa história termina aqui?

Ao olhar o horizonte
Tracei o nosso destino numa folha de papel.
Ao fazê-lo,
Fiquei sem tinta na caneta e questionei:
Será que a nossa história termina aqui?
Recuei no Tempo,
A fim de ver o princípio!
As palavras que trocámos,
Os momentos que passámos,
A forma de nos tocarmos,
Aqueles beijos sentidos e amados...
Fizeram-me ver
Que ainda temos muito Tempo para nos amarmos,
E que a falha da caneta
Não passou de uma simples ironia do destino!