Sinto-me antónimo de tudo aquilo que me rodeia,
Sendo que às vezes sei que sou sinónimo de palavras requintadas.
Palavras que me saem deixando-me estupefacto.
Sinto-me invejado
Por não invejar o que outros possuem!
Torno-me versos em esquema cruzado
Escutando o bom som que as palavras têm para me oferecer.
Sinto que sou prosa triste e pálida,
Pois minha poesia não venera estrofes.
Dias carentes surgem em mim
Quando há frases mal compostas e versos mal estruturados.
Vou procurando a inspiração
E abandonando a falta que dela tenho.
Sinto-me homem ao dobrar-me sobre os meus joelhos chorando,
Pois tenho uma vaga ideia
De que jamais algum homem por nada chorou.
Atiro-me de cabeça mergulhando em palavras,
Nadando entre frases
E sustendo a imaginação ao tocar em letras,
Na tentativa de expandir o meu vocabulário.
Este está fraco
E eu sinto-me vulnerável a tudo o que se propõe enfrentar-me.
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