quinta-feira, 13 de maio de 2010

Rasgam-me a alma e roubam-me os sonhos

É uma história,
A história da minha vida.
Queriam que fosse o quê?
Nasci num berço de lata...
E hoje?
Hoje, decidi construir um berço de madeira.
Não há ferrugem, penso eu...
Mas existem lascas que se penetram na pele!
Quase tocam no coração,

Não lhe chegam.
Por que razão, são aqueles que mais amo

A tirar-me as tábuas do berço?
Eu sou um guerreiro em todas as suas batalhas.
Luto, rastejo, choro, imploro...
E volto a fazer tudo novamente!
Nessas batalhas,
As únicas facadas que recebo, saem das suas mãos.
Não há sangue, não há dor física,
É bastante pior!
Rasgam-me a alma e roubam-me os sonhos,
Mas eu sou forte...
Cerro os punhos em todas aquelas batalhas
E continuo a sentir o frio do Inverno,
O calor do Verão,
Deito-me sobre as folhas que o Outono deixa cair
E espirro toda a minha fraqueza na Primavera.
Entretanto,
Se me dão licença,
Vou tirar todas as facas que tenho nas costas
E lutar de frente para todos vós!