Vou bloquear todo o meu desespero
E brincar com a criança que existe em mim.
Serei como um derrame de palavras,
Ou imitarei o impacto de uma gota livre
Trazida pela chuva.
Talvez faça de conta que os meus dedos
São como chamas bonitas e atraentes,
Atraídas por uma caneta
Marota que bailava entre combustível,
Desejosa de colocar a ponta
Em folhas formadas de água
E decidida em apagar as minhas ideias.
A minha criança ria-se.
Ria-se como uma ironia ignorante.
Vou fingir que sou rei,
Afim de tirar o poder ao meu cérebro sério
Para poder brincar mais vezes.
Desenharei um labirinto de palavras aromáticas
E registarei os caminhos
Com linhas inteligentes e ambiciosas.
A ignorância da minha criança adormeceu.
E amanhã?
Amanhã brincará a moral deste poeta com metáforas.
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