Sinto algo que me inquieta.
É a porta do meu fardo, tenho-a aberta.
Ouço um som, uma melodia deveras chorosa.
É uma voz, que suavidade harmoniosa.
Caminho em sua direcção,
O que é, estou perto de descobrir.
Era um fado chorão,
Mas fez-me sorrir!
Toca a guitarra, mas triste se exprime.
Toca magoada, não desiste e é sublime.
Aquela doce voz, cantava para mim,
Inspirada por acordes em pautas sem fim.
Canta fado, de voz bem portuguesa
E eu estou apaixonado!
Que a vibração da tua voz aqueça,
E não esqueça este mal amado!
São únicas, as palavras que expressas.
Essa mágoa na voz e a língua em que te confessas!
Se sentires que para sorrires não podes mais cantar,
Não cantes fado, não te irei abandonar!